terça-feira, 6 de março de 2012

Drogas ilícitas: uma doença ou uma opção própria?
   
Quando tratamos do assunto drogas ilícitas é comum ouvirmos frases como: “acho esses drogados uns safados, não sei por que eles não largam a droga”. Ou: “eu não acredito que esses bandidos não conseguem abandonar as drogas”. Esses discursos mostram como a sociedade ainda possui pouco conhecimento no assunto, e decorrente disso um grande preconceito, omitindo assim os problemas dos sistemas públicos responsáveis pelo tratamento e prevenção do uso de drogas.
    Segundo Ronaldo Laranjeira, coordenador da unidade de pesquisa em álcool e Drogas na Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) na área de medicina: “existe no cérebro, uma área responsável pelo prazer (...) chamada sistema de recompensa (...) as drogas pervertem o sistema de recompensa. A pessoa passa a dar-lhes preferência quase absoluta, mesmo que isso atrapalhe todo o resto em sua vida”. Por alterar o organismo humano o uso de drogas é uma doença e não uma opção própria.
Vale enfatizar que o uso de drogas é uma doença que não afeta somente uma classe social, mas está presente entre os mais pobres e os “super” ricos. Portanto, não é uma questão financeira.
    Mas ainda assim fica uma pergunta no “ar”: a primeira vez não é uma opção própria? É claro que sim, mas isso não quer dizer que o individuo que consumiu pela primeira vez por uma questão de curiosidade ou até para “esquecer” algum problema, vai possuir a capacidade de evitar posteriores usos.
O que deve ser compreendido por todos não é o uso de drogas como uma opção própria, porém como uma doença que mata milhares de pessoas por ano, mas que também pode ser curada ou principalmente, evitada. Desse modo o uso de drogas é uma questão pública de saúde, educação e segurança. E no tocante aos nossos deveres, temos que cobrar daqueles que elegemos para serem os nossos representantes no governo melhores condições, para que haja a diminuição ou banimento das drogas ilícitas em nossa comunidade.

Joctã, estudante do curso técnico de Recursos Pesqueiros, IFRN, campus Macau.

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